Aproveito para divulgar o que o nosso ex-presidente falou em seu discurso no dia 15-04-2009 na premiação da 4ª OBMEP.
Mas vamos ver o caso da Maria Clara Mendes da Silva, aqui. Quem disse que tamanho não é documento está coberto de razão. Em uma cidadezinha, ela já foi apresentada aqui, me parece, uma cidadezinha mineira de apenas três mil habitantes, pequenininha, chamada de Pirajuba, mora esse talento gigante em forma de menina, que é a nossa querida Maria Clara. Ela não se contentou em ganhar apenas três medalhas de ouro da OBMEP, não. A Maria Clara, que estuda com muito orgulho em escola pública, ganhou também uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática. Ela foi à OBM disputar na olimpíada da escola particular e ela ganhou medalha de ouro. Cadê? Levanta aí para a gente aplaudir mais uma vez a nossa querida...
Vou dizer uma coisa aqui para os homens não ficarem metidos a besta aqui. Para tornar a façanha ainda mais notável é preciso lembrar – isso aqui foi a Suely quem me disse – que as mulheres, infelizmente, não costumam se destacar em matemática. Isso aqui está começando a provar que a gente vai mudar. Se mulher já está querendo até governar a cidade, o país, mulher está pegando cargo de chefia nas empresas, mulher está entrando na Marinha, está indo à Aeronáutica, acabou o preconceito de que mulher tem alguma coisa inferior, as mulheres são iguais ou mais competentes do que os homens para fazer muita coisa.
Agora, nas olimpíadas, no mundo inteiro, as mulheres têm ganhado menos medalhas do que os homens, embora as mulheres sejam maioria. Agora, menos em Pirajuba, como demonstrou a nossa querida mineirinha. Que ela seja, portanto, um exemplo para que as meninas, não só do Brasil, mas também de outros países estudem bastante. Mas a Maria Clara não se considera um gênio, porque, para ela, matemática é uma coisa simples, basta estudar, estudar vale à pena, como ela explica. O que ela diz? Ela diz: “matemática é a base para o desenvolvimento tecnológico. Daí a importância da Olimpíada, porque estimula os jovens e ajuda o País a descobrir talentos na área”. Entusiasta da OBMEP, Maria Clara, que só tem 15 anos, é também uma ardorosa defensora do ensino público, como ela mesma afirma: “todo ensino deveria ser público, seria muito mais justo, porque assim, todo mundo teria acesso ao ensino gratuito de qualidade e quem ganharia seria o Brasil, porque a educação é a base para o desenvolvimento de qualquer país”.
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